sexta-feira, 14 de junho de 2013



Efeito social da prece
Paiva Netto
Em entrevista à jornalista portuguesa Ana Serra, comentei que — a acepção de Fraternidade e Espiritualidade Ecumênica coloca-nos em sadio contato íntimo com nós mesmos e com o Criador do Universo e Suas criaturas, que constituem o mais perfeito altar onde devemos adorá-Lo, conforme destaquei, em 5/11/1983, no discurso de lançamento da pedra fundamental da sede da Legião da Boa Vontade, em São Paulo/SP, Brasil, durante o 8o Congresso dos Noivos e Casais Legionários. Na obra “Ao Coração de Deus — Coletânea Ecumênica de Orações” (1990), afirmei: Quando se ora, a Alma respira, fertilizando a existência humana. Fazer prece é essencial para desanuviar o horizonte do coração. E isso se encontra ao alcance de todos, porquanto possuímos a inata capacidade de meditar para escolher o caminho adequado e resolver transtornos que se iniciam no Espírito e, depois, se manifestam no corpo humano, muita vez em forma de doença, e, no campo social.
Escrevi em “Reflexões da Alma” que quem, religioso ou ateu, souber usufruir do silêncio de alma fará brotar, de dentro de si, todas as riquezas que o mundo não lhe pode oferecer, a começar pela paz de espírito, que Deus nos prometeu e que ninguém, além Dele, nos pode integralmente proporcionar, porque nem na sua totalidade ainda a conhecemos: “Minha Paz vos deixo, minha Paz vos dou. Eu não vos dou a paz do mundo. Eu vos dou a Paz de Deus, que o mundo não vos pode dar. Não se turbe o vosso coração nem se arreceie, porque Eu estarei convosco, todos os dias, até o fim dos tempos” (Evangelho de Jesus segundo João, 14:27; e Mateus, 28:20). Não há um pensador sério, guardadas as exceções de praxe, que não necessite entrar, mesmo que vez por outra, no ambiente inspirador da reflexão, dando-lhe este ou aquele nome. E isso não favorece apenas a quietude psíquica, mas igualmente a serenidade somática.
IDEIA CUJA HORA CHEGOU
Em “Somos todos Profetas” (1991), digo: Estamos corpo, mas somos Espírito. A nação que compreender e administrar essa Verdade empolgará e governará o mundo no transcorrer do terceiro milênio. E, se alguém julgar tal raciocínio um delírio, apresento-lhe este aforismo do genial Victor Hugo (1802-1885): “Aqueles que hoje afirmam que uma coisa é impossível de ser concretizada tacitamente se colocam do lado dos que vão perder”.
Bem a propósito, o filósofo e sociólogo italiano Pietro Ubaldi (1886-1972), correspondente de Einstein e grande admirador da Legião da Boa Vontade — que definiu como “um movimento novo na História da Humanidade. Coloca o Brasil na vanguarda do mundo”—, numa de suas conferências, lembrou-se deste outro apontamento do gigante de Besançon: “Há uma coisa mais poderosa que todos os exércitos: é uma ideia cujo tempo tenha chegado”.
Hoje, até a ciência já considera que a espiritualidade pode reduzir o risco de doenças tidas como graves ou incuráveis. Em entrevista à Super Rede Boa Vontade de Comunicação, em 2009, acerca do tema, declarou o pesquisador, professor e psicobiólogo Ricardo Monezi, do Instituto de Medicina Comportamental da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp): “Atualmente já temos diversos relatos na ciência de que uma pessoa que exercita o bom pensar, a felicidade, todos os bons sentimentos, tem um potencial de defesa do corpo muito maior do que uma pessoa pessimista. (...) Uma pessoa otimista, quando vai ser vacinada, desenvolve anticorpos com uma rapidez muito maior do que a pessimista. E tem muito mais chances de atravessar um processo de adoecimento crônico em relação a uma pessoa pessimista”.
Portanto, Espírito saudável é medicina preventiva para o corpo.
José de Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor. paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com
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quarta-feira, 5 de junho de 2013

Foto de Sérgio Caroli

SérgioAtividades de Blog

Mensagens de PAIVA NETTO

Inocentes dos diversos campos de guerra
Paiva Netto
O Dia Internacional das Crianças Inocentes Vítimas de Agressão, 4/6, instituído pelas Nações Unidas em 19 de agosto de 1982, teve inicialmente o propósito de chamar a atenção para o drama dos milhares de pequeninos que sofrem os efeitos da guerra, muita vez perdendo suas vidas.
Os cidadãos de bem, em toda parte, não podem ficar surdos aos gritos de dor desses inocentes. Trata-se de patrimônio humano, garantia de futuro — que desejamos mais feliz — da civilização.
Mas o despertar da sociedade deve abranger igualmente as crianças que padecem de agressão nos próprios lares, nas escolas, nas ruas, mesmo em países não considerados campos de guerra declarada.
O psicólogo dr. Pedro Lagatta, pesquisador do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (NEV/USP), em entrevista ao programa "Viver é Melhor", da Boa Vontade TV (canal 23 da SKY), expôs aos telespectadores várias faces da violência que acomete as crianças, sejam elas físicas ou emocionais; incluídos aí o execrável abuso sexual e o perverso bullying. Tudo isso com consequências dolorosas e duradouras.
Trago-lhes hoje esclarecimento importante do dr. Lagatta, em que ele procura estabelecer um diferencial em torno da polêmica e famosa palmada, ainda em uso por muitos pais na educação dos filhos. "Palmada é um termo bem ruim; é um eufemismo que tenta de alguma maneira esconder o que acontece realmente nas casas. Quando a gente fala que as crianças apanham de chinelo e objetos duros, o que acontece é um sistemático espancamento. Palmada parece que os pais só vão lá e dão umas palmadinhas para fazer a criança parar de chorar, mas muitas vezes não se trata disso, se trata da autorização para a violência, uma violência séria".
O tema merece de pais e educadores vigilância constante quanto aos limites que devem ser absolutamente respeitados. Corrigir não significa agredir. É o que defende a Pedagogia do Afeto, que desenvolvemos nas escolas da LBV.
A sabedoria popular ilustra bem ao comparar as crianças com a argila, pronta para ser moldada. Ora, os melhores jarros, as mais belas cerâmicas carecem de cuidados específicos em sua confecção. Se o oleiro não souber unir disciplina e carinho, o trabalho apresentará defeitos indesejáveis.
ROBERTO CIVITA
No dia 26/5, voltou à Pátria Espiritual o dr. Roberto Civita, aos 76 anos. Diretor editorial e presidente do Conselho de Administração do Grupo Abril, ele tinha a Educação em alta conta.
Em setembro de 1998, quando a revista "Veja" completava 30 anos, falando à Legião da Boa Vontade, declarou: "Meu pai achava, e eu e todos os que pensam no assunto, que é a coisa mais importante, a primeira de todas, melhorar o nível educacional brasileiro". E acrescentou: "Parabéns pelo lindo trabalho! Muito obrigado pelos votos de aniversário. Espero revê-los aqui nos 40 e nos 50 anos de 'Veja'".
À sua família, as nossas condolências, com especiais votos de paz à esposa, Maria Antonia Magalhães Civita, e aos filhos Giancarlo, Victor e Roberta.
No livro "Cidadania do Espírito" (2001), explicitei trechos do meu pensamento sobre Educação e Espiritualidade:
Escreveu o grande educador norte-americano Booker T. Washington (1856-1915), primeiro presidente da lendária Escola de Tuskegee, decidido a criar condições melhores de progresso para os ex-escravos e seus descendentes e para os indígenas, pelos quais também trabalhou, a partir principalmente da Educação: "Não há defesa ou segurança para nenhum de nós, a não ser na inteligência e desenvolvimento superior de todos".
É evidente que isto, hoje, se aplica a toda a Raça Humana, o Capital de Deus, como certamente desejava, na profundidade do seu ideal, o infatigável dr. Booker, cuja Alma imaginava um futuro em que o racismo não constituísse o refúgio da insignificância.
QUEM FAZ O PÃO...
A Economia não pode ser o reino do egoísmo. Ora, ela existe para beneficiar a Terra e seus povos, compartilhando decentemente os bens da produção planetária. Se isso, porém, não ocorre, é porque se faz necessária uma mudança ético-espiritual de mentalidade, também pelo prisma do Novo Mandamento de Jesus, o Cristo Ecumênico, o Divino Estadista, que ensina que nos devemos amar como Ele nos tem amado (Evangelho segundo João, 13:34). E que nos adverte deste modo: "Somente assim podereis ser reconhecidos como meus discípulos, se tiverdes o mesmo Amor uns pelos outros" (Boa Nova consoante João, 13:35).
E dá a medida desse sentimento ao definir: "Não há maior Amor do que doar a própria Vida pelos seus amigos" (Evangelho segundo João, 15:13).
Senão os predadores das multidões podem ganhar a batalha, que a eles no devido tempo da mesma forma consumirá. O desprezo às massas populares é multiplicação de desesperados. Certamente, alguém já concluiu que — quem faz o pão deve igualmente ter direito a ele.
Haveremos de assistir à época em que a Economia terrestre será bafejada pelo espírito de Caridade, porque a Luz de Deus avança pelos mais recônditos ou soturnos ambientes do pensamento e da ação humanos.
LBV EM GLORINHA COMPLETA 53 ANOS
O trabalho da Legião da Boa Vontade, em Glorinha/RS, completou, em 23 de maio, 53 anos. Uma festa para comemorar a data promoveu a confraternização entre atendidos pela LBV, voluntários, parceiros, colaboradores e autoridades locais.
Na ocasião, a diretora da Secretaria de Assistência Social de Glorinha, Patrícia Machado, destacou: "A LBV é uma entidade que auxilia as famílias em questões importantes e fundamentais para a criação das crianças e jovens. É fundamental e de grande importância todo esse trabalho realizado aqui".
A assistente social Claudete Barcelos também ressaltou: "As famílias que se encontram em vulnerabilidade podem contar com o apoio da LBV. É um espaço saudável e fundamental para o município, porque é uma entidade séria, comprometida com a educação das nossas crianças. É um trabalho maravilhoso".
O Centro Comunitário de Assistência Social Alziro Zarur, da Legião da Boa Vontade, está localizado na RS 030, km 19 — Parada 119 — Glorinha. Para outras informações, ligue: (51) 3487-2600.
Visite, conheça e se torne igualmente parte desse empreendimento de fé no ser humano e seu Espírito eterno.
José de Paiva Netto é jornalista, radialista e escritor. paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com

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